Escolarização e Intelectuais Indígenas: da formação à emancipação

Este artigo aborda a visão de intelectuais indígenas sobre os conhecimentos e as práticas de ensino ocidentais. A escolarização imposta aos povos indígenas, calcada em concepções europeias de indivíduo, natureza e cultura, configurou um processo traumático e doloroso vivido na pele por alguns desses...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Lisboa, João Francisco Kleba
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Portugués
Publicado: Departamento de Estudos Latino-Americanos - ELA 2017
Materias:
Acceso en línea:https://periodicos.unb.br/index.php/repam/article/view/15937
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/37643
Descripción
Sumario:Este artigo aborda a visão de intelectuais indígenas sobre os conhecimentos e as práticas de ensino ocidentais. A escolarização imposta aos povos indígenas, calcada em concepções europeias de indivíduo, natureza e cultura, configurou um processo traumático e doloroso vivido na pele por alguns desses intelectuais, e que pode ser lido sob a chave do epistemicídio. Mesmo assim, a apropriação dos saberes não indígenas e das ferramentas educacionais pelos povos originários faz com que a escola seja aos poucos transformada de um elemento externo assimilacionista para um instrumento de emancipação ”“ ao menos nos discursos de algumas lideranças e intelectuais. Trago, como análise de caso concreto, o exemplo da educação escolar indígena no estado de Roraima, extremo norte do Brasil, com o movimento em torno da escola que queremos, e da atual busca pelo ensino superior universitário, onde já se encontram alguns intelectuais indígenas, sobretudo dos povos Macuxi e Wapichana. A presença indígena na universidade ”“ por meio desses acadêmicos e de cursos voltados para estudantes indígenas no Instituto Insikiran da Universidade Federal de Roraima ”“ promove não apenas o encontro de diferentes saberes mas também amplia o leque de estratégias possíveis da política indígena em nível local, em consonância com o que ocorre em outros países. Palavras-chave: Formação; Intelectuais Indígenas; Universidade; Roraima. Indigenous Education and Intellectuals: from training to emancipation Abstract This article addresses the vision of indigenous intellectuals about Western knowledge and teaching practices. The schooling imposed on indigenous peoples, based on European conceptions of individual, nature and culture, has set up a traumatic and painful process experienced by some of these intellectuals, that can be read under the key of epistemicide. Nonetheless, the appropriation of non-indigenous knowledges and educational tools by native peoples makes the school gradually transformed from an assimilationist external element into an instrument of emancipation ”“ at least in the discourses of some leaders and intellectuals. As a concrete case study, I bring the example of indigenous school education in the state of Roraima, extreme north of Brazil, with the movement around the school we want, and the current search for higher education, where some indigenous intellectuals, especially Macuxi and Wapichana, already are. The indigenous presence at the university ”“ through these academics and trought courses directed at indigenous students at the Insikiran Institute of the Federal University of Roraima ”“ promotes not only the meeting of different knowledges but also broadens the range of possible strategies of indigenous politics at the local level, in consonance with what happens in other countries. Keywords: Formation; Indigenous Intellectuals; University; Roraima. Educación e intelectuales indígenas: formación para la emancipación Resumen Este artículo aborda la visión de los intelectuales indígenas sobre los conocimientos y las prácticas de enseñanza occidentales. La escolarización impuesta a los pueblos indígenas, calcada en concepciones europeas de individuo, naturaleza y cultura, configuró un proceso traumático y doloroso vivido en la piel por algunos de esos intelectuales, y que puede ser leído bajo la clave del epistemicídio. Sin embargo, la apropiación de los saberes no indígenas y de las herramientas educativas por los pueblos originarios hace que la escuela sea poco a poco transformada de un elemento externo asimilacionista para un instrumento de emancipación ”“ al menos en los discursos de algunos liderazgos e intelectuales. Traigo, como análisis de caso concreto, el ejemplo de la educación escolar indígena en el estado de Roraima, extremo norte de Brasil, con el movimiento en torno a la escuela que queremos, y de la actual búsqueda por la enseñanza superior universitaria, donde ya se encuentran algunos intelectuales indígenas, sobre todo de los pueblos Macuxi y Wapichana. La presencia indígena en la universidad ”“ sea por medio de esos académicos o de cursos dirigidos a estudiantes indígenas en el Instituto Insikiran de la Universidad Federal de Roraima ”“ promueve no sólo el encuentro de diferentes saberes, sino que también amplía el abanico de estrategias posibles de la política indígena a nivel local, en consonancia con lo que ocurre en otros países. Palabras clave: Formación; Intelectuales Indígenas; Universidad; Roraima.