MICHEL FOUCAULT E IVAN ILLICH: ANÁLISE CRÍTICA À MEDICALIZAÇÃO DA VIDA E DO CORPO
A medicalização da vida é um processo histórico que remonta à emergência do capitalismo e à constituição da medicina como disciplina na produção de saberes e na intervenção da vida. Este artigo tem como objetivo analisar os impactos de relações de poderes de regulação, controle e disciplina do corpo...
Autor principal: | |
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Formato: | info:eu-repo/semantics/article |
Lenguaje: | Portugués |
Publicado: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
2021
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Materias: | |
Acceso en línea: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/synthesis/article/view/58573 http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/37557 |
Sumario: | A medicalização da vida é um processo histórico que remonta à emergência do capitalismo e à constituição da medicina como disciplina na produção de saberes e na intervenção da vida. Este artigo tem como objetivo analisar os impactos de relações de poderes de regulação, controle e disciplina do corpo, da sexualidade e da medicalização da vida provocados pela medicina. Recorrendo à abordagem qualitativa e comparativa, cruzamos as contribuições teóricas de Foucault e Illich, as quais apresentam elos e contrastes epistemológicos, mas convergem na demonstração da invasão da medicina em “todos” os domínios da vida, inscrevendo normas e regras a serem seguidas pelos indivíduos, com base num discurso médico que visa disciplinar, adestrar, controlar, patologizar e medicalizar a vida, processo esse que tem gerado pacientes e sujeitos dependentes de produtos farmacêuticos em nome da normalização da vida e, consequentemente, tem provocado danos irreversíveis à própria saúde da população. |
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