O artista entre a história, a política e a pintura: retratando a independência no século XIX

Os pintores latino-americanos, na segunda metade do século XIX, elegeram as independências políticas das ex-colônias como um dos principais temas históricos a serem retratados. A representação do momento do nascimento das novas nações se transformou em elemento constitutivo da construção das naciona...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autor principal: Coelho Prado, Maria Ligia
Formato: info:eu-repo/semantics/article
Lenguaje:Español
Publicado: Instituto de Estudios de América Latina y el Caribe 2020
Materias:
Acceso en línea:https://publicaciones.sociales.uba.ar/index.php/elatina/article/view/6092
http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/28491
Descripción
Sumario:Os pintores latino-americanos, na segunda metade do século XIX, elegeram as independências políticas das ex-colônias como um dos principais temas históricos a serem retratados. A representação do momento do nascimento das novas nações se transformou em elemento constitutivo da construção das nacionalidades.História, política e pintura se entrelaçavam de forma simbiótica. Mas quem compunha a nação? Na voz oficial das elites, a nação surgia emoldurada pela harmonia. No mundo das artes, diversos pintores, por toda a América Latina, assumiram essa perspectiva elitista ao se dedicarem a pintar cenas da história nacional oficial, colaborando para a elaboração de uma identidade “civilizada”. Nessas visões oficiais, o “povo” devia estar confinado a seu lugar subalterno. Nesse período, alguns artistas se deixaram seduzir pela “cor local”, permitindo que temas da vida cotidiana e modelos de gente simples entrassem em suas telas e ganhassem relevância: ao pintor brasileiro José Ferraz de Almeida Junior (1850-1899), o pintor argentino Prilidiano Pueyrredón (1823-1870), homens envolvidos com as discussões de seu tempo sobre arte, nação e política.