A constituição de um sindicalismo sociopolítico: o caso da Confederação Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA)

Este artigo trata da Confederação Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA) enquanto um novo modelo sindical, a qual chamamos de sindicalismo sociopolítico. Trata-se de uma categoria forjada pelo próprio movimento sindical e que compreende a elaboração de uma plataforma política...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autor principal: Medeiros, Josué
Formato: Doc. de trabajo / Informes
Publicado: CLACSO 2021
Materias:
Acceso en línea:https://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/11009
Descripción
Sumario:Este artigo trata da Confederação Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA) enquanto um novo modelo sindical, a qual chamamos de sindicalismo sociopolítico. Trata-se de uma categoria forjada pelo próprio movimento sindical e que compreende a elaboração de uma plataforma política e de um tipo de ação sindical que visa posicionar o sindicalismo como ator político relevante não apenas nas pautas do mundo do trabalho, como também na construção de um projeto de desenvolvimento alternativo no qual a agenda trabalhista é parte integrante de uma dinâmica social mais abrangente de superação da miséria, de conquista de direitos, de criação e ampliação de redes de proteção social, de uma nova relação com a natureza. Além desse aspecto politico-programático, é preciso ressaltar que o sindicalismo sociopolítico se constitui a partir da relação do movimento sindical com os demais movimentos sociais que representam outras frações das classes trabalhadoras (camponeses, mulheres, juventude) e também com os governos progressistas da América Latina, nesse caso estabelecendo uma relação que não é de apoio incondicional, e sim de diálogo crítico e dialético que visa se aproveitar da presença da esquerda no Estado para avançar nas pautas políticas na crença de que esse avanço será decisivo para o próprio sucesso dos governos progressistas. Por fim, há ainda a dinâmica de autocrítica que o sindicalismo sociopolítico organiza, a partir da agenda chamada de “autoreforma sindical”, sem a qual esse novo modelo não terá como ser exitoso.