Sumario: | O presente ensaio traz como principal foco as manifestações nas ruas do Brasil, iniciadas em junho de 2013, assim como a magnitude e proporção que tomaram nas diversas regiões e principais cidades do país, com base em entrevistas realizadas com jovens ativistas, depoimentos e imagens registradas em fotografias e vídeos. Busca analisar, quais são os marcos de identificação que esses jovens usam quando se manifestam? Como se mobilizam? O que estão tentando dizer? Na seqüência, procuramos captar o que poderia ser identificado como uma estética presente nessas manifestações sociais. Seria possível considerar dessas intervenções estéticas de alguns jovens e seus modos de subjetivação contemporânea, como novas práticas de resistência, de engajamento político?Se esses jovens usam formas não convencionais de mobilização, que não são as políticas tradicionais, em que medida a cultura e a arte passam a ser instrumentos de mobilização de coletivos que lutam por alguma demanda? Que novas possibilidades podem apontar para a política e a democracia? Somado a este material, problematiza as 12 hipóteses levantadas pelos sociólogos, durante o Congresso da Associação Latino-Americana dos Estudos do Trabalho – ALAST, discutindo ainda as diferentes interpretações do fenômeno por parte de teóricos e de coberturas jornalísticas veiculadas na imprensa, matérias, artigos, entrevistas e livros publicados neste período. O que revela essa potência da multidão em revolta? Só seguindo as trilhas pra descobrir....
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