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Quem se ocupa dos assalariados? Identidade e representação política de trabalhadores rurais assalariados em plantações florestais em Minas Gerais, Brasil

Autor(es):
Múcio Tosta Gonçalves
Publicado por:
jerazo
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Documento:
Publicado y/o Presentado en:
Tosta Gonçalves, Múcio (2008). Quem se ocupa dos assalariados? Identidade e representação política de trabalhadores rurais assalariados em plantações florestais em Minas Gerais, Brasil. En Mundos del trabajo y políticas públicas en América Latina. Betty Espinosa, Ana Esteves y Marcela Pronko (ed.): 191-207. Quito: FLACSO - Sede Ecuador : Ministerio de Cultura del Ecuador.
Link:
http://www.flacsoandes.org/biblio/shared/biblio_view.php?bibid=107602&tab=opac
Resumen:
A ocupação da região do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, iniciada nos anos 1950, formou uma economia regional cujos núcleos dinâmicos foram a siderurgia e os latifúndios de eucaliptos. Essa economia de foi lentamente sobrepondo-se, do ponto de vista da formação do mercado de trabalho e da dinâmica demográfica local, à produção camponesa, gerando e consolidando profundas modificações no perfil sócio-econômico dos produtores familiares locais. À medida que se transformou a configuração econômica, social e territorial local, uma parcela da população (especialmente a jovem) teve no assalariamento nos maciços florestais uma importante alternativa de emprego, além do emprego industrial nas siderúrgicas. Por sua vez, a agricultura familiar se tornou mais subordinada à dinâmica capitalista. Nesse contexto foi sendo construída uma organização sindical específica, a dos assalariados rurais. Mas a questão sobre qual é a identidade desses sujeitos (assalariados da indústria ou filhos de e agricultores com acesso interditado ao rural?) é ainda um tema que paira sobre a organização da ação deles, inclusive a coletiva. O artigo pretende, refletindo sobre esse caso, contribuir para o debate sobre a produção de identidades e interesses de assalariados rurais, tema eclipsado na literatura sobre o trabalho na América Latina.